Nossa história começou de uma maneira bem inesperada. Eu trabalhava no salão da Mangueirinha, e ele no Bob’s. Todos os dias, eu saía do trabalho por volta das 16h30 e ficava esperando o ônibus. Ele passava sempre no ponto de ônibus, e, por diversas vezes, percebi que ele me olhava com frequência. Fiquei curiosa, e logo percebi que ele passava todos os dias, me encarando.

Um dia, ele curtiu uma foto minha nas redes sociais. Eu mostrei para minha irmã e falei: “Esse garoto passa todos os dias por mim e me encara muito. Ele é bonito!” Ela me incentivou a curtir a foto dele, mas, timidamente, eu não fiz isso. Porém, ela pegou meu celular e curtiu por mim. Logo depois, ele me mandou uma mensagem perguntando: “Vamos continuar nessa troca de olhares ou vai rolar algo?”

Fiquei surpresa, porque sempre fui reservada quando se trata de relacionamentos. Sempre soube que a pessoa certa para mim seria alguém que quisesse me conhecer primeiro, e não alguém que já chegasse de forma mais direta. Então, dei um fora nele. Mas a história não acabou ali. Dois meses depois, nos encontramos novamente no centro de Rio Bonito, e ele falou comigo mais uma vez. Logo comecei a trabalhar no centro e o via passar na calçada em frente ao meu trabalho. Um dia, postei uma foto no meu story do Facebook e ele reagiu. A partir daí, começamos a conversar e nos conhecemos melhor.

Matheus era afastado da igreja, e eu, que já tinha vivido um relacionamento com alguém que também estava distante de Deus, sabia que isso não tinha dado certo. Em 2020, escrevi uma carta para Deus pedindo um namorado, alguém que fosse um servo d’Ele, um escolhido, que quisesse viver os planos de Deus ao meu lado. Alguém que me respeitasse e fosse o pai dos meus filhos. Nossa conversa foi se tornando mais séria, e ele começou a querer me ver mais. Eu o convidei para ir ao culto comigo, e ele aceitou. Ele começou a ir comigo, e foi aí que a nossa história começou a ganhar força.

Um dia, ele me chamou para ir à pracinha, e eu entendi que ele queria algo mais, mas, naquele momento, eu estava orando por ele. Eu sabia que ele estava afastado e, embora estivesse gostando das nossas conversas, precisava de uma confirmação de Deus sobre ele. 

Então, no dia em que ele me chamou para sair, eu disse a ele que iria, mas que não ficaria com ele ainda, pois estava aguardando a confirmação de Deus. Ele, como alguém que estava afastado da igreja, ficou sem entender, mas eu expliquei que estava esperando Deus me confirmar algo.

Ele continuou indo ao culto comigo, e, dois meses depois, em uma quarta-feira, eu disse a ele que iria à igreja com um propósito. Não queria forçá-lo, mas estava orando para que ele se reconectasse com Deus. Quando o pastor perguntou se alguém queria aceitar Jesus, eu orei muito para que ele fosse até o altar. E, perguntei, ele deu um passo à frente, e eu o acompanhei até o altar. Ele aceitou Jesus e, desde aquele dia, está firme na igreja.

Já se passaram 4 anos desde aquele momento, e, no domingo seguinte, ele veio à minha casa, conversou com meus pais e, desde então, nunca mais nos separamos. Hoje, aqui estamos, prontos para dar mais um passo juntos, com a certeza de que Deus tinha planos perfeitos para nós dois o tempo todo.

Deus não une pessoas, Ele une propósitos. E no Seu plano perfeito, tenho certeza de que Ele nos separou um para o outro.